Educação financeira chega ao ensino básico
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TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Quando um adolescente tem maturidade para ter um cartão de crédito? Os pais podem deixar uma criança recém-alfabetizada fazer a lista do supermercado?
Em qual idade é possível saber que o banco cobra juro para emprestar e que o vovô, apesar de não trabalhar, recebe a aposentadoria?
Assuntos como esse farão parte do currículo do ensino fundamental das escolas públicas em, no máximo, três anos. No ensino médio, o programa foi testado, aprovado e está sendo implementado.
A adesão não é obrigatória e fica a critério da escola.
O currículo do ensino fundamental está em fase final de elaboração. Há conteúdo próprio para cada idade. O próximo passo será testá-lo em programas-pilotos, fazer ajustes e corrigir as falhas.
A iniciativa nasceu de uma parceria de reguladores (BC, CVM etc.), entidades do mercado (Anbima, Febraban e Bolsa) e educadores.
Contou com apoio do Banco Mundial, que identificou o "analfabetismo" financeiro como um gargalo para países como o Brasil.
Um dos mitos deixados para trás era que ensinar finanças pessoais dependia de um conhecimento avançado da matemática --exponenciação, raiz quadrada etc.
"Confundiam educação financeira com matemática financeira. O importante é a linguagem e a abordagem, que devem fazer parte do mundo da criança e do adolescente", disse Alvaro Modernell, educador financeiro.
Uma criança de seis anos tem condições de diferenciar que algumas coisas são imprescindíveis e outras são supérfluas, podendo ajudar a fazer a lista do supermercado. Noção de juros chega mais tarde, perto de dez anos.
Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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