Header Ads

ILUSÃO DE ÓTICA | Entenda Como Funciona

Cientista mostra como funcionam as ilusões de óptica

Pesquisadores desenvolvem 
aparelho para "enganar" olhos de observador

Ilusão de Ótica


Um cientista americano afirma que, ao tentar decifrar como as ilusões de ópticas "enganam" nossas mentes, é possível revelar detalhes sobre o funcionamento do cérebro humano.





Professor de neurociência da University College de Londres, Beau Lotto diz que têm sido crucial para a evolução humana o órgão e sua capacidade de processar constantemente as informações que recebe do mundo que nos cerca.
Lotto apresentou imagens que ajudam a entender melhor essa capacidade, começando com a importância de se enxergar em cores. Acompanhe a apresentação do cientista:

SELVA
R. Beau Lotto /BBC
A imagem mostra uma versão em preto e branco de uma cena em uma selva. Nesta versão da cena, é mais difícil encontrar o grande predador, uma pantera que parece estar prestes a atacar.
Isto ocorre pela razão de o observador enxergar apenas as superfícies de acordo com a quantidade de luz que elas refletem.
A segunda imagem, da mesma cena, está com todas as cores. E, desta vez, o observador poderá ver o animal imediatamente (no canto inferior direito).
A razão disto é que a imagem em cores mostra as superfícies de acordo com a qualidade da luz que elas refletem (e não apenas a intensidade). Com isso, o cérebro recebe muito mais informações.
A cor nos torna capazes de ver um número maior de semelhanças e diferenças entre os objetos, o que é necessário para a sobrevivência.
Encontrar a pantera na imagem colorida é incrivelmente fácil para os humanos. Mas, os melhores computadores não conseguem fazer isto.
Compreender como vemos é um dos principais objetivos da neurociência. E ilusões de ótica tem a chave para resposta a esta questão.

BRILHO
R. Beau Lotto/BBC
A próxima imagem são de dois quadrados fisicamente idênticos.
O neurocientista explica que humanos nunca enxergam com os olhos. Isto se deve ao fato de os olhos terem pouco a ver com que nós vemos.
Por exemplo, a imagem formada no fundo dos olhos (chamada imagem da retina), tem apenas duas dimensões, enquanto que o mundo tem três. A imagem da retina está de cabeça para baixo, mas enxergamos o mundo do jeito certo.
A pergunta do neurocientista é o que acontece se mudarmos o contexto que cerca os quadrados, mas não mudarmos os próprios quadrados.
Os dois quadrados idênticos vão parecer diferentes.
A única mudança é o fundo, mais escuro ou mais claro. O quadrado pequeno no fundo escuro parece mais claro que o quadrado no fundo claro.
Esta é a "ilusão de brilho e contraste", que prova que o contexto é muito importante quando falamos do que vemos.

MESA E FLOR
R. Beau Lotto/BBC
Neste exemplo temos duas versões menores de uma ilusão idêntica à anterior, de brilho e contraste. Uma à direita e outra à esquerda.
Nos dois casos, os ladrilhos nos fundos escuros parecem mais claros do que os que foram colocados nos fundos mais claros. Mas, na segunda foto, a cena muda.
A ilusão na esquerda é muito mais forte. O ladrilho que está na sombra debaixo da mesa parece muito mais brilhante, pois o cérebro pensa que está na sombra. O ladrilho à direita parece que está debaixo de uma luz brilhante, então o cérebro presume que é mais escuro e nos diz isto.
Por outro lado, a ilusão à direita agora ficou muito mais fraca. Os dois ladrilhos, um na faixa negra e outro em uma faixa clara, parecem quase idênticos, pois o cérebro está interpretando os dois como dois ladrilhos de reflexão semelhante, debaixo de uma mesma fonte de luz.
Isto mostra que vemos ilusões pelo fato de o cérebro não querer simplesmente ver a imagem, mas querer ver o significado da imagem, encontrando o significado desta imagem acima no contexto da mesa e da luz da janela.

CUBO
R. Beau Lotto/BBC
Neste caso, temos dois quadrados com cores idênticas. Mas, o contexto foi mudado de uma forma específica.
No novo contexto, os dois quadrados fisicamente idênticos parecem muito diferentes.
A informação na imagem sugere que o quadrado marrom escuro no topo do cubo mostrado na segunda imagem agora é uma superfície com pouca reflexão debaixo da luz brilhante, enquanto que o quadrado laranja brilhante, do lado, se transformou em uma superfície muito refletiva na sombra.
Os dois são vistos de formas diferentes pois o cérebro pensa que eles tem um significado diferente, devido ao resto da informação da cena.

MESA
R. Beau Lotto/BBC
O que se aplica na visão da cor, também se aplica na visão da forma. Na verdade, é aplicável a quase tudo o que é visto.
Quando olhamos para esta imagem, percebemos duas mesas de tamanhos diferentes.
A mesa da esquerda parece bem mais longa e estreita do que a mesa da direita. Mas, na verdade, as dimensões das duas mesas são idênticas.
A única diferença real entre as mesas são os ângulos em seus cantos (além de suas cores, o que é irrelevante para este caso).
Clicando na segunda foto, podemos ver que as duas linhas vermelhas e verdes são do mesmo comprimento. O comprimento da mesa vermelha é o mesmo que a largura da mesa verde e vice-versa.
Então, por que as duas mesas parecerem tão diferentes? Porque o cérebro tira a imagem da retina e cria o que vê de acordo com o que a informação significa em comparação com as experiências passadas do cérebro, de interação com o mundo.
Neste caso, os ângulos sugerem profundidade e perspectiva e o cérebro acredita que a mesa verde é mais longa do que é, enquanto que a mesa vermelha parece mais quadrada.

Fonte -  BBC BRASIL
Con la tecnología de Blogger.