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Metodologia de Estimativas - IBGE


METODOLOGIA DAS ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO
RESIDENTE NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS
COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2012

Presidenta da República
Dilma Rousseff

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão
Miriam Belchior
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA - IBGE
Presidenta
Wasmália Bivar
Diretor-Executivo
Nuno Duarte da Costa Bittencourt
ORGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES
Diretoria de Pesquisas
Marcia Maria Melo Quintslr
Diretoria de Geociências
Wadih João Scandar Neto
Diretoria de Informática
Paulo César Moraes Simões
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
David Wu Tai
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Denise Britz do Nascimento Silva
UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Pesquisas
Coordenação População e Indicadores Sociais
Luiz Antonio Pinto de OliveiraMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Diretoria de Pesquisas
Coordenação de População e Indicadores Sociais
METODOLOGIA DAS ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO
RESIDENTE NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS
COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2012
Rio de Janeiro
2012SUMÁRIO
1. Introdução.......................................................................................................5
2. O Censo Demográfico 2010 do Brasil como referência para a
elaboração das estimativas das populações municipais para 2012.............9
3. Alterações territoriais ocorridas após 1º de maio de 2011 .......................9
4. Metodologia...................................................................................................10
4.1. Projeção da população do Brasil – O Método das Componentes
Demográficas.................................................................................................11
4.2. Estimativas das populações dos Municípios....................................12
4.3. Estimativas para as Grandes Regiões e Unidades da Federação....17
4.4. Estimativas finais de população: totais inteiros................................17
5. Considerações Finais...................................................................................19
6. Bibliografia de Referência...........................................................................205
1. Introdução
A experiência do IBGE no campo das projeções de população teve início em
1973, quando seu Centro Brasileiro de Estudos Demográficos (CBED), atual
Coordenação de População e Indicadores Sociais (COPIS) da Diretoria de
Pesquisas (DPE), elaborava a projeção da população do Brasil pelo método
das componentes demográficas. Foi a partir de 1989, no entanto, que o IBGE
consolidou seu primeiro esquema de projeções populacionais, com
periodicidade anual, compreendendo o nível Nacional, o das Unidades da
Federação e o dos Municípios, em cumprimento ao dispositivo constitucional,
regulamentado pela Lei Complementar nº 59, de 22 de dezembro de 1988.
Assim, o IBGE passou a realizar estimativas da população residente para todos
os municípios brasileiros regularmente instalados e, de acordo com o que
estabelece o Artigo 102 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, as publica no
Diário Oficial da União, até 31 de agosto de cada ano.
A Constituição Federal, em 1988, descentralizou diversas políticas públicas as
quais foram incorporando, paulatinamente, planos e ações direcionados para
as áreas da Educação e da Saúde, para a erradicação da pobreza extrema e o
combate à fome e para a inclusão social de grupos minoritários. Desde então,
o IBGE, responsável pelas estatísticas oficiais de população, tem enfrentado e
vencido grandes desafios para atender às mais diversas e crescentes
demandas por informações sociodemográficas detalhadas, vindas das diversas
esferas governamentais e do setor privado.
As projeções de população desagregadas por sexo e idade, por exemplo,
conjuntamente com os indicadores sociais, econômicos e demográficos,
constituem um instrumento poderoso que cumpre o propósito de subsidiar o
planejamento de políticas públicas que visam o atendimento das necessidades
específicas de crianças, adolescentes, jovens, pessoas em idade ativa e o6
contingente de idosos, bem como o de fornecer parâmetros balizadores a
serem considerados nos processos de monitoramento e avaliação dos diversos
programas implantados na área social.
Neste sentido, não se descarta também a necessidade de atendimento em
todos os níveis geográficos, desde o nacional até os micro-domínios
geográficos, para os quais informações de alta relevância têm proporcionado
diagnósticos substantivos sobre as diversas formas de vulnerabilidade
sociodemográfica e sócio-ambiental.
Convém registrar que o total estimado de pessoas residentes em regiões do
País com estruturas político – administrativa definidas é um dos parâmetros de
referência para que o Tribunal de Contas da União (TCU) efetue o cálculo do
Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM), visando
determinar a distribuição das respectivas quotas que compõem uma das
transferências financeiras da União para Estados e Municípios. Os usos e
demandas já citados que envolvem a utilização das projeções populacionais
são exemplos que bem representam os bons resultados reconhecidamente já
obtidos, o que não elimina os desafios emergentes que devem ser superados
pelo IBGE. Além disso, cabe ressaltar que as estimativas populacionais
municipais são fundamentais para o cálculo de indicadores econômicos e
sociodemográficos nos períodos intercensitários.
É importante dar conhecimento aos usuários e aos que, em maior ou menor
escala, dependem das estimativas de população para fins de repasses
financeiros, que a qualidade do trabalho deste Instituto quanto aos números da
população e do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios brasileiros foi alvo
de Auditoria do Tribunal de Contas da União – TCU, através da sua Secretaria
de Macroavaliação Governamental – SEMAG, realizada em 2009. O
"Relatório de Fiscalização Operacional no IBGE. Mapeamento dos
processos de trabalho que envolvem a definição dos números de
população e PIB dos municípios brasileiros para fins de cálculo das cotas
de FPM. Recomendações ao IBGE, à Casa Civil e ao Congresso Nacional"7
foi examinado pelos Ministros do TCU na Plenária do dia 11 de novembro de
2009, tendo sido alvo do ACÓRDÃO Nº 2642/2009.
A Auditoria do TCU concluiu que a metodologia adotada pelo IBGE é
apropriada às condições gerais do País, particularmente no tocante aos
notórios diferenciais de cobertura interregionais, interestaduais e
intermunicipais dos Registros Administrativos que, em tese, possibilitariam
estimar as populações municipais.
Destacam-se, do Acórdão, os parágrafos abaixo transcritos, que constam do
“Voto” do Exmo. Sr. Ministro-Relator, Valmir Campelo:
“11. Com a sistemática definida atualmente para o cálculo do FPM, em
relação aos municípios do interior das Unidades da Federação, em que
um único habitante a mais pode significar uma diferença de valor
relativamente grande, principalmente para aqueles municípios
pequenos que são dependentes dessa receita decendial, a população
apurada pelo IBGE permite questionamentos, não por estar
equivocada, mas por ser insuficiente para posicionar o município em
faixa mais elevada, considerada pela edilidade como adequada e
justa. ”(grifo nosso)
12. Ressalte-se que essa constatação levou a equipe a apresentar
proposta de recomendação ao Poder Executivo, no sentido de avaliar
a viabilidade de propor projeto de lei alterando a sistemática de
cálculo do FPM para tornar mais progressiva a tabela de cálculo do
coeficiente populacional.
13. A despeito disso, foi constatado que o IBGE tem procurado
atualizar as técnicas empregadas, as fontes de informações, os
instrumentos de coleta e as ferramentas tecnológicas envolvidas no
processamento da informação, bem como no treinamento das equipes8
contratadas de recenseadores e de seus próprios servidores, em
sintonia com os princípios fundamentais das estatísticas oficiais da
Comissão de Estatística das Nações Unidas.
(...)
16. No tocante ao escopo do presente levantamento, a SEMAG
constatou que a missão do IBGE de retratar o Brasil com informações
necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da
cidadania tem sido cumprida de forma adequada.”
De fato, o IBGE vem, no transcurso das últimas décadas, aprimorando sempre
os métodos de aferição do quantitativo populacional, quando se trata de uma
pesquisa censitária. No Capítulo 2 encontra-se uma descrição detalhada do
trabalho de realização do Censo Demográfico 2010, o qual incorporou as mais
recentes inovações tecnológicas para a coleta, processamento e transmissão
dos dados. No tocante às estimativas de população em nível municipal, o
IBGE vem avaliando a possibilidade de se introduzir procedimentos
alternativos, de controle e avaliação das cifras obtidas. No Capítulo referente à
Metodologia serão abordadas algumas ações que já estão sendo postas em
prática sobre esta questão.
Feitos esses comentários, é oportuno antecipar que, segundo as estimativas
da população com data de referência em 1º de julho de 2012 o Brasil conta, na
data da publicação das estimativas populacionais no Diário Oficial da União,
com 193,9 milhões de habitantes, distribuídos pelos 5.565 Municípios
brasileiros que formam os 26 Estados e o Distrito Federal.
Os primeiros conjuntos de estimativas de população para os dois primeiros
anos da década de 2010 já trazem algumas particularidades que serão
explicitadas e justificadas em detalhes nos Capítulos que se seguem.9
2. O Censo Demográfico 2010 do Brasil como referência para a
elaboração das estimativas das populações municipais para
2012
As estimativas populacionais para o ano de 2012 guardam uma estreita relação
com as que foram elaboradas para o ano de 2011 e com o Censo Demográfico
2010. Os principais aspectos que conduziram a realização desse levantamento
censitário, bem como a atualização e compatibilização da base territorial estão
detalhados em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2011/metodologia_08112011.pdf
3. Alterações territoriais ocorridas após 1º de maio de 2011
As alterações ocorridas após o Censo Demográfico 2010, estão descritas em
detalhes no texto metodológico correspondente às estimativas municipais para
o ano de 2011, e podem ser consultadas em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2011/metodologia_08112011.pdf
Neste documento é apresentado o quadro resumo das alterações territoriais
verificadas entre 1º de maio de 2011 até 30 de abril de 2012. Estas alterações
refletem o estado da Base Territorial para efeito das Estimativas da População
para o ano de 2012.10
Brasil: Alterações territoriais verificadas entre 1º de maio de 2011 e 30 de
abril de 2012
UF Nº de
Alterações 1
Nova
Legislação
Ajustes
cartográficos
Encaminhados
pelo Órgão
Estadual
Decisões
judiciais
(Liminares/
Mandados)
Pará 1 1
Maranhão 11 11
Piauí 1 1
Ceará 3 3
Rio Grande do
Norte 1 1
Paraíba 7 6 1
Pernambuco 7 5
Alagoas 16 16
Sergipe 1 1
Bahia 37 31 6
Minas Gerais 2 2
Paraná 1 1
Santa Catarina 5 5
Goiás 1 1
TOTAL 94 38 53 1
1 Cada alteração territorial envolve no mínimo dois (2) municípios.
4. Metodologia
A metodologia que proporcionou estimar as populações dos 5.565 municípios
brasileiros é constituída de etapas, cujos procedimentos foram se consolidando
de forma paulatina e seguindo critérios técnicos justificáveis.11
4.1. Projeção da população do Brasil – O Método das Componentes
Demográficas
Como os resultados até o momento disponíveis do Censo Demográfico 2010
estão sendo trabalhados, comparados e analisados com os parâmetros
oriundos dos Censos Demográficos anteriores, não se se viabilizou ainda uma
atualização da Projeção da População do Brasil – Revisão 2008.
O Sistema de Projeções da População do Brasil, atualizado com as
informações do Censo Demográfico 2010, das pesquisas por amostragem mais
recentes, bem como dos registros administrativos referentes ao ano de 2010,
tem sua conclusão prevista para o ano de 2013, a tempo de serem utilizadas
para estimar as populações municipais, com data de referência em 1º de julho
de 2013. Além disso, as tendências estabelecidas pelos últimos resultados das
estimativas das populações municipais passarão, quando possível, por um
processo de comparação com a evolução temporal de indicadores
independentes, majoritariamente extraídos de registros administrativos. Um
ensaio desta natureza poderá fornecer elementos que, minimamente, venham
a sinalizar a validação das estimativas, bem como mostrar o potencial de cada
um deles para uma eventual inserção em modelos alternativos de estimação
de população. Deve-se salientar que este não é um processo trivial, em se
tratando de um País que ainda apresenta uma heterogeneidade regional em
suas informações estatísticas, mas seguramente determinará uma das pautas
para ser discutida, em âmbito nacional, com especialistas nesta matéria tanto
do Brasil quanto dos mais renomados institutos de estatísticas do exterior.
Para as estimativas divulgadas em 2011 e 2012 a base de dados do Censo
2010 não havia passado por todas as fases de avaliação da consistência, com
vistas à sua utilização para elaboração de modelo atualizado de projeção.
Entretanto, com o objetivo de incorporar, ainda que preliminarmente, algum
parâmetro proveniente da Pesquisa Censitária de 2010, o nível, expresso pela
taxa de fecundidade total, e o padrão etário da fecundidade foram introduzidos12
no modelo de projeção de população, elaborado para esse início de década,
partindo-se da população enumerada pelo Censo Demográfico 2000. Os
resultados obtidos permitiram redefinir temporariamente a população do Brasil
para a década de 2000, ano a ano, até que se possa atualizar a última
projeção de longo prazo da população do Brasil, divulgada pelo IBGE, com
todos os parâmetros definitivos extraídos do Censo Demográfico 2010, ao
longo dos anos de 2012 e 2013.
Ainda no tocante às estimativas das populações municipais para os anos de
2011 e 2012 foi utilizado, na mencionada projeção, os mesmos procedimentos
e parâmetros para a aplicação do Método das Componentes Demográficas,
para o qual uma descrição detalhada pode ser encontrada nos endereços
abaixo relacionados.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/metodologia.pdf
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/projecao.pdf
4.2. Estimativas das populações dos Municípios
Entre os anos de 2000 e 2010 o IBGE realizou três pesquisas demográficas de
porte censitário: Os Censos Demográficos de 2000 e 2010 e a Contagem da
População 2007. O levantamento de 2007 priorizou, por questões
orçamentárias, os municípios com população até 170.000 habitantes com
base nos resultados das Estimativas de População 2005, deixando de
pesquisar a população de 129 municípios. Ver o endereço eletrônico a seguir:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/default.shtm)
No Censo Demográfico de 2010 houve um rígido controle da coleta das
informações, com intervenções imediatas ao primeiro sinal de que algum
indicador do Sistema de Indicadores Gerenciais estivesse fora dos limites
aceitáveis pré-definidos. Por conta disso, foram examinadas as séries
históricas (2000, 2007 e 2010) das populações em nível municipal, com vistas13
a uma análise minuciosa e criteriosa, baseada em indicadores associados à
evolução populacional nos períodos 2000 – 2007 e 2007 – 2010.
Paralelamente, foram feitas consultas às Unidades Estaduais do IBGE com o
propósito de se extrair observações que pudessem, ao menos, sugerir ou
apontar problemas ocorridos durante a coleta das informações fornecidas pelas
populações dos municípios, e que não foram percebidos em tempo hábil,
quando da realização dos três últimos Censos Demográficos.
O cruzamento das observações recebidas, em especial as complementações
acerca da dinâmica econômica e demográfica local, com a análise dos
indicadores de crescimento, resultou na definição de dois grupos de
municípios: no primeiro grupo enquadram-se aqueles municípios cuja
tendência de crescimento adotada foi o período 2000-2010 e, no segundo, os
municípios para os quais não foram encontradas explicações que justificassem
o comportamento de suas populações nos períodos 2000-2007 e 2007-2010.
Para esse segundo grupo de municípios, a estimativa da população residente
em 1º de julho de 2011 e 2012 foi feita mediante a utilização da participação
relativa da população municipal na população total do Brasil observada no
Censo Demográfico 2010. Esta mesma proporção foi aplicada à população do
Brasil estimada para 1º de julho de 2011 e 1º de julho de 2012, resultando, com
isso, nas estimativas das populações destes municípios para as mesmas
datas.
Já o método de tendência de crescimento demográfico, adotado para estimar a
população dos municípios enquadrados no primeiro grupo, tem como princípio
fundamental a subdivisão de uma área maior, cuja estimativa já se conhece,
em n áreas menores, de tal forma que seja assegurada ao final das estimativas
das áreas menores a reprodução da estimativa, previamente conhecida, da
área maior através da soma das estimativas das áreas menores (Madeira e
Simões, 1972).14
É importante frisar que este é um método matemático, determinístico por sua
natureza e construção. Em sendo assim, os totais de população estimados a
partir do mesmo, não permitem o cálculo das respectivas variabilidades ou
margens de erro. Isto só é possível frente a modelos probabilísticos para
estimação de parâmetros estatísticos ou sob hipóteses que não se aplicam em
situações em que são utilizadas as populações recenseadas e, não, parcelas
das mesmas, obtidas por amostragem.
Neste caso, a população da área maior considerada para a utilização do
método foi a do Brasil, observada em 2000 e 2010, e a população das áreas
menores, foram as populações dos municípios, observadas nos mesmos anos.
Considere-se, então, uma área maior cuja população estimada em um
momento t é P(t). Subdivida-se esta área maior em n áreas menores, cuja
população de uma determinada área i, na época t, é
Pi(t) ; i = 1, 2, 3, ... , n
Desta forma, tem-se que:
( ) ( )
1
P t P t
n
i
∑ i
=
=
Decomponha-se, por hipótese, a população desta área i, em dois termos: ai
P(t), que depende do crescimento da população da área maior, e bi. O
coeficiente ai é denominado coeficiente de proporcionalidade do incremento da
população da área menor i em relação ao incremento da população da área
maior, e bi é denominado coeficiente linear de correção.
Como conseqüência, tem-se que:
Pi ( t ) = a i P ( t ) + b i15
Para a determinação destes coeficientes utiliza-se o período delimitado por
dois Censos Demográficos. Sejam t0 e t1, respectivamente, as datas dos dois
Censos. Ao substituir-se t0 e t1 na equação acima, tem-se que:
Pi ( t0 ) = a i P ( t0 ) + b i
Pi ( t1 ) = a i P ( t1 ) + b i
Através da resolução do sistema acima, tem-se que:
a i = Pi( t1 ) – Pi ( t0 )_
P ( t1 ) – P ( t0 )
b i = Pi ( t0 ) – ai P ( t0 )
No caso das estimativas de população referentes ao ano de 2012, para os
municípios em que o método foi aplicado, deve-se considerar nas expressões
anteriores:
Época t0: 1º de agosto de 2000 (Censo Demográfico)
Época t1: 1º de agosto de 2010 (Censo Demográfico)
Época t: 1º de julho de 2012 (ano de referência da estimativa)
Assim,
Pi (t0 ) representa a população da área i , referente ao ano de 2000, e
Pi (t1) a população da área i, referente ao ano de 2010.
Ver metodologia nos endereços já citados:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/metodologia.pdf
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/projecao.pdf16
Estimativas para os Municípios instalados até a data de referência do
Censo Demográfico 2010, com populações superiores ou iguais a 100.000
habitantes
Considerou-se como área maior o Brasil e como áreas menores estes
Municípios. Desta forma, foram obtidas as populações residentes totais
estimadas, em 1º de julho de 2012, para estes Municípios, segundo a situação
político-administrativa vigente na mesma data.
Estimativas para os Municípios instalados até a data de referência do
Censo Demográfico 2010, com populações inferiores a 100.000 habitantes
À exceção dos Municípios para os quais foram consideradas as respectivas
participações relativas em relação à população total do Brasil em 2010, foram
determinados para os demais os quartis (medidas estatísticas) das populações
segundo o tamanho dos Municípios, em 1º de agosto de 2010, e os quartis das
taxas médias geométricas anuais de crescimento, observadas no período
intercensitário 2000-2010, segundo a magnitude das mesmas.
Pelo cruzamento dos quartis das duas variáveis (população e taxa de
crescimento) e adotando-se o critério de separar os Municípios com taxas de
crescimento positivas daqueles com taxas negativas, formaram-se grupos
homogêneos de Municípios mediante o estabelecimento de estratos, segundo o
tamanho de população, em 2010 e as taxas de crescimento observadas, no
período 2000-2010.
A partir daí, estimaram-se as populações residentes totais destes grupos, para
1º de julho de 2012, considerando-se como área maior o Brasil (excetuando-se:
a) os Municípios com populações superiores ou iguais a 100.000 habitantes em
2010 e b) os Municípios para os quais foram consideradas as respectivas
participações relativas em relação à população total do Brasil em 2010) e como
áreas menores os grupos formados.17
De posse da proporção que cada Município representava em relação ao seu
grupo, com respeito à população de 1º de agosto de 2010, aplicou-se a mesma
proporção ao total estimado para o seu grupo em 1º de julho de 2012, obtendose, assim, as populações residentes estimadas para a mesma data acima para
os Municípios brasileiros instalados até 1º de agosto de 2010, com população
inferior a 100.000 habitantes, segundo a situação político-administrativa vigente
em 1º de julho de 2012.
4.3. Estimativas para as Grandes Regiões e Unidades da Federação
A partir da obtenção das populações estimadas em nível municipal para o ano
de 2012, descrito no item 4.2, as estimativas correspondentes às Unidades da
Federação foram obtidas por soma de seus respectivos municípios e as
Grandes Regiões, resultaram da soma das populações de suas Unidades da
Federação.
4.4. Estimativas finais de população: totais inteiros
Ao final de todas as etapas de aplicação da metodologia descrita, um aspecto
importante que o IBGE julgou pertinente considerar aponta diretamente para o
fato de que a informação referente ao número de habitantes de uma área é,
por sua própria natureza, um número inteiro. Sendo assim, diante de qualquer
decimal em uma estimativa calculada, é factível admitir que o total estimado já
estaria beirando o valor imediatamente posterior, ou seja, a parte inteira inicial
mais 1 (um) habitante. Isto advém do fato de que todo o trabalho de elaboração
das estimativas é realizado com fórmulas, as quais produzem, em geral,
resultados com uma folga decimal. Face ao exposto, e como não se pode
assegurar que as regras convencionais de arredondamento da matemática irão
contribuir para melhorar a qualidade das estimativas de população, em termos
de precisão, um critério plausível para a obtenção de totais inteiros de18
população, que o IBGE passou a adotar, consiste em acrescentar mais uma
pessoa na estimativa final sempre que houver uma decimal, seja ela qual for.19
5. Considerações Finais
Conforme já explicitado, o Brasil ainda não possui uma homogeneidade em
termos de informações suficientemente completas que permitam o uso de
outros métodos, em especial os que utilizam variáveis que refletem diretamente
o crescimento populacional (vegetativo e migratório). Para alguns municípios,
sobretudo os de grande porte populacional em regiões de maior
desenvolvimento social e econômico, é factível a aplicação de metodologias
consideradas mais sofisticadas para estimar populações residentes em
pequenas áreas. Contudo, na grande maioria das municipalidades, este
caminho pode não ser o mais adequado, em função da qualidade do conjunto
de informações disponíveis.
Mesmo diante dessa realidade o IBGE está estruturando um Sistema de
Indicadores Municipais constituído por variáveis econômicas, sociais e
demográficas, oriundas de diversas fontes, que incluem informações não só de
pesquisas domiciliares, como também de registros administrativos. Este
sistema, após uma exaustiva análise da qualidade de suas informações,
cobertura, abrangência e adequabilidade de uso, deverá atuar, quando da
realização das estimativas de população para o ano de 2013, como um
instrumento balizador e de controle dos resultados alcançados e das próprias
informações básicas utilizadas no cálculo das populações estimadas. Além
disso, o Sistema de Indicadores Municipais poderá desempenhar o papel de
um termômetro sintomático de validação das estimativas populacionais.
É de suma importância lembrar que, para o ano de 2013, uma nova revisão do
sistema de projeção de população para o Brasil e suas Unidades da
Federação estará concluída. Além do Brasil como um todo, as Unidades da
Federação receberão tratamento análogo, para as quais o Método das
Componentes Demográficas será empregado na elaboração das
correspondentes projeções de população. Este fato poderá trazer20
consequências sobre as tendências das estimativas de população em nível
municipal, mas seguramente estarão calcadas sobre bases metodológicas
mais sólidas e robustas, particularmente no que se refere aos parâmetros
demográficos necessários e às informações de controle utilizadas.
6. Bibliografia de Referência
1.http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/default.shtm
2. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/metodologia.pdf
3. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/projecao.pdf
4. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/default.shtm)
5.http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/default_nupcialidade_fecundidade
.shtm
6. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2008/default.shtm21
Equipe técnica
Diretoria de Pesquisas
Coordenação de População e Indicadores Sociais
Luiz Antonio Pinto de Oliveira
Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica
Juarez de Castro Oliveira
Leila Ervatti
Cláudia Bahia de Araújo
Luciano Gonçalves de Castro e Silva
Célia Cristina Pessoa da Silva
André Alves Gandolpho
Gabriel Mendes Borges
Gerência de Desenvolvimento Metodológico
Paulo Roberto Voss Gen Rudolphi
Gerência Técnica do Censo Demográfico
Marco Antonio dos Santos Alexandre
Colaboradores
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Coordenação de Estruturas Territoriais
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Diretoria de Informática
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